sexta-feira, 31 de maio de 2013

Criar aplicativos para smartphones vira negócio entre jovens

  • Thiago Bellandi, criador do Partiu Balada

Uma ideia na cabeça e muitos códigos de programação para construir. Esta é a máxima de jovens empreendedores que se aventuram no desenvolvimento de aplicativos para smartphones e tablets.

O nicho de mercado tem os seus representantes na Bahia, mas ainda está longe de render os milhões que faturam os grandes desenvolvedores brasileiros e mundiais.

Um dos aplicativos baianos  mais bem-sucedidos é o Partiu Balada. O app gratuito  divulga festas e destaca as casas de show e bares mais procurados do dia. Foram mais de 30 mil downloads na Apple Store desde agosto de 2012.

Para criar o aplicativo de sucesso, os desenvolvedores  Thiago Bellandi, 31, e  Alexandre Lima, 34,  investiram apenas R$ 150 na criação de uma logomarca e mais R$ 200 mensais em um servidor. 

O retorno esperado, quando o  negócio  conseguir gerar receita, é  de R$ 300 mil a R$ 500 mil por mês. Publicidade  e vendas de ingressos estão no plano de negócio.

"A ideia inicial era ter usuários. Conseguimos gerar a demanda,  agora vamos gerar negócios", conta Thiago Bellandi.
Startups

O Partiu Balada é um exemplo de startup, empresa de baixo custo de investimento, alto risco e grande possibilidade de escala. Quando começam a decolar, as startups podem receber apoio de "investidores-anjo", em troca de parte das ações.

Esse modelo de negócio está apenas engatinhando na Bahia e tem sido a aposta de quem quer desenvolver aplicativos próprios. O que falta são investidores com dinheiro e coragem para apostas de alto risco.

Para o coordenador da agência de inovação da Unifacs, Thomas Buck, quanto mais usuários o aplicativo tiver, maior a chance de receber aporte financeiro. A faculdade tem uma incubadora de negócios, que também atua como aceleradora de startups. 

Canto da sereia

O sonho de fazer dinheiro com apenas uma boa ideia de aplicativo e pouco investimento não se realiza para todos.

Uma pesquisa da consultoria americana Appolicious aponta que apenas 10% dos títulos lançados na Apple Store alcançam mais de 100 mil acessos. Cerca de 80% dos programas têm menos de 10 mil.

Para a estudante de engenharia mecatrônica Carolina Linhares, 21, sócia da startup Linz, as boas ideias têm que ocorrer sempre.

"É preciso ter uma ideia que garanta sua subsistência por um tempo para que depois outra ideia  surja e o ciclo continue", disse Carolina. A Linz também dá nome a um aplicativo de reservas em restaurantes, que é a última aposta da startup.

Apesar das incertezas, quando um aplicativo dá certo,  o lucro pode  superar em muitas vezes o investimento.

Os desenvolvedores Rodrigo Rocha, 28, e Denise Vaz, 28,  investiram tempo e cerca de R$ 3 mil na compra de computadores  para criar apps para iPhone e iPad. Os  aplicativos feitos pelo casal, o Cifra + e o jogo Sopa de Letrinhas, renderam R$ 60 mil em vendas.  Rocha afirma, no entanto, que não dá para se sustentar apenas com os aplicativos. "Como uma renda extra é ótimo", garante.

Fonte: aterdeonline

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