segunda-feira, 12 de maio de 2014

Google agora 'conversa' com internautas em português

(Foto: Reprodução)

O buscador do Google agora responde questionamentos feitas em português. E ele entende o contexto do que estiver sendo perguntado, o que o faz ser capaz de manter uma conversa com o internauta.

Um exemplo citado pela empresa: caso pergunte "quem é Cléo Pires" e, em seguida, quiser saber quem são seus pais ou se ela tem irmãos, não é necessário dizer "quem são os pais de Cléo Pires", basta continuar a conversa com um "quem são os pais dela".

A novidade está disponível no desktop para quem usa o navegador Chrome e também nos aplicativos do Google para Android e iOS.

Segundo a empresa, o sistema responde a todo tipo de questão, como "quantas calorias tem uma maçã?", "como está o trânsito até o Pacaembu?", "o Palmeiras ganhou o último jogo?", "quem inventou o telefone?", "vai chover amanhã?" etc.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Qual é a diferença entre tela capacitiva e tela resistiva? Entenda

Os smartphones e tablets fazem uso do que chamamos de tela sensível ao toque, que pode ser controladas pelo contato dos dedos com o display. Porém, existem dois tipos de telas touch: as chamadas resistivas e as capacitivas. Vamos esclarecer como é composto cada tipo de display e mostrar os prós e contras de cada um, para que você não tenha dúvidas na hora de escolher qual dispositivo comprar.

O iPhone chegou a fazer as canetas Stylus sumirem do mercado por um tempo (Foto: Allan Melo / TechTudo)

O iPhone 4S utiliza uma tela capacitiva de alta qualidade (Foto: Allan Melo /TechTudo)

Tela resistiva

As telas resistivas possuem menor precisão no reconhecimento do toque, já que são compostas por várias camadas. A superfície frontal é de plástico, resistente a riscos, com material condutor do lado interno. Abaixo, vem uma segunda camada que geralmente é de vidro, mas por vezes é feita de plástico rígido. Conforme pressionamos a tela, estas camadas fazem contato que informam ao sistema qual sua posição em coordenadas.

Existem alguns tipos de telas resistivas que também suportam medir a intensidade do toque. Esse tipo de tela oferece uma precisão de até 80% e tem a necessidade de ser calibrada sempre que possível, uma vez que o material sofre desgaste que muda a tensão aplicada pelo toque. Grande parte dos telefones mais antigos de touchscreen são de tela resistiva.

Na prática, as telas resistivas precisam que o usuário pressione com força para que o aparelho possa dar uma resposta. Com isso, o desempenho dos dispositivos com a tecnologia são inferiores, já que eles são piores para navegação e principalmente para atividades mais complicadas, como jogos.

resistiva (Foto: resistiva)

Funcionamento de uma tela com a tecnologia resistiva (Foto: Reprodução/PC Pro)

Tela capacitiva

Como o próprio nome sugere, é um tipo de tela que usa um capacitor, com duas placas separadas por um isolante (que pode ser o ar). Assim que o dedo toca esse tipo de tela, um capacitor monitorado pelo sistema informa exatamente onde foi acionado, atráves de uma troca de elétrons. E é por causa dessa troca que canetas stylus comuns não funcionam nesse tipo de tela, apenas as especiais e o próprio dedo.

Uma das grandes vantagens do display capacitivo é conseguir trabalhar com as informações de vários toques ao mesmo tempo, o que possibilita ao dispositivo reconhecer movimentos diferenciados, como a pinça. A precisão dessa tela pode chegar a 100% e é de alta durabilidade.

As telas capacitivas estão presentes na maior parte dos dispositivos mais modernos, e costumam ter um tempo de resposta muito pequeno e uma usabilidade bem confortável. Porém, dependendo do modelo do aparelho, a tela pode ter desempenhos melhores ou piores.

capacitiva (Foto: capacitiva)

Telas capacitivas são mais sensíveis ao toque dos dedos (Foto: Reprodução/PC Pro)

Qual escolher?

As telas resistivas são mais antigas, já que os primeiros dispositivos com tela touch utilizavam a tipo de tecnologia. Mas não significa que ela seja necessariamente ultrapassada ou desaconselhável, dependendo do seu uso. Se você necessita de precisão utilizando qualquer caneta stylus, por exemplo, o display resistivo pode ser uma escolha sensata. Além disso, aparelhos com este tipo de tela podem custar até metade do preço de modelos capacitivos.

Porém, em questão de conforto, velocidade de resposta e durabilidade, a tela capacitiva leva grande vantagem. Além de serem multi-toque (reconhecendo mais de dois dedos ao mesmo tempo), nos displays capacitivos não há necessidade de fazer força para que o aparelho reconheça seus movimentos, bastando um leve deslize. Além disso, os dispositivos que fazem uso da tecnologia capacitiva costumam ser mais finos.

O que está por trás da gratuidade de serviços como Facebook e Gmail?

(Foto: Reprodução)

As pessoas não precisam botar a mão no bolso para acessar Facebook, Gmail, Twitter e outros tantos serviços que são oferecidos gratuitamente pela internet. Mas você já parou pra pensar em quanto vale essa gratuidade?

A contrapartida é o acesso a seus dados, que você fornece aos sites, que depois os vende a anunciantes. Estes, por sua vez, usam as informações para exibir propagandas direcionadas. O resultado é tão preciso que a varejista norte-americana Target, por exemplo, consegue adivinhar quais clientes estão grávidas, e recentemente uma mulher mostrou que teve de trabalhar bastante para esconder a própria gravidez dos anunciantes de internet.

Mas se esses dados que o internauta passa gratuitamente são repassados a terceiros em troca de dinheiro, o acesso continua sendo gratuito?

O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) entende que é preciso tomar cuidado com essa classificação. "Eu entendo que não é gratuito no sentido de que 'não há nada em troca'", comenta a advogada do órgão, Veridiana Alimonti. "Embora não se pague nada financeiramente, existe algo que se dá em troca, nem sempre conscientemente e em geral não tendo controle sobre isso [os dados]."

Professor de Comunicação Digital da Universidade de São Paulo, Luli Radfahrer vê a situação de uma forma mais direta. Para ele, por exemplo, "o Facebook tem 1 bilhão de produtos, que são os dados vendidos no atacado para os anunciantes". Já as empresas pensam o contrário: o acesso é indiscutivelmente gratuito - maiores em seus ramos, Google e Facebook não quiseram se pronunciar oficialmente sobre o assunto.

Por que pensar nisso?

"É importante pensar em quais são as consequências de isso ser ou não considerado gratuito", ressalta Veridiana. "Muitas vezes o consumidor pode ter a impressão de que está recebendo todos esses serviços e não está dando nada em troca."

Luli compara a situação com a de universidades e hospitais públicos, que também não saem de graça, pois são pagos indiretamente. "Se você tiver consciência disso, você passa a ter uma relação mais madura [com o serviço]."

O problema, entretanto, não é vender informações, mas a forma como isso é feito. Geralmente não há como acessar os dados para fazer alterações que você considere importantes porque a coleta é feita de forma automática e massiva. E muita gente só descobre que suas informações estão sendo recolhidas quando topa com algum anúncio preciso demais.

O Marco Civil da Internet, que passa a valer em junho, prevê algumas regras sobre isso: tem de ficar claro que o internauta aceita repassar dados para se tornar usuário de um serviço; ele precisa ser informado sobre o que será feito com os dados e como eles serão armazenados. A empresa por trás do serviço ainda é obrigada a se ater ao que disse que faria com as informações.

O modelo é problemático?

Tanto a advogada do Idec, quanto o professor da USP concordam que não seria saudável acabar com o formato atual, porque ele não é necessariamente ruim, só precisa de ajustes.

"A gente vai acreditar e clicar cada vez menos em banner, então a relação do cliente [com o anunciante] já não é tão boa. Com o anúncio mais direcionado, o anúncio começa a fazer sentido e você pode acabar querendo clicar", afirma Luli. "A relação [do internauta com o anúncio] é de extremo ódio porque a publicidade não é funcional. Ela vende porque é pentelha, mas poderia ser mais produtiva, mais educativa."

Pagar para acessar Facebook ou Gmail e não ter de fornecer dados está fora de cogitação; a própria rede social já cansou de negar que tenha planos desse sentido. Além disso, os usuários dificilmente acreditariam que a coleta seria interrompida.

"Eu não acho que tenha de existir ou só um modelo ou só outro modelo", diz Veridiana. Para ela, basta ter transparência e seguir os parâmetros definidos pela legislação.